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27 outubro 2006

Transporte D'Homem: Carro de Bois

No principio era o caos.

Depois apareceram coisas, de entre elas o ser humano.

O ser humano tinha a particularidade de ter barba, barriga e ser d'Homem. Pelo menos alguns dos seres humanos...

Desde cedo, necessidades de transporte foram notadas pelo homem, que teve de se desenrascar da melhor maneira possivel.

Às costas, pelo chão, nas costas da mulher, nas costas da canalha ou nas costas dum mamute, a bicharada morta, as peles e os paus eram transportados dum lado para o outro, conforme dava na cabeça do homem.

Com o passar do tempo, as técnicas de transporte foram mudando, começou-se a usar o gado para transporte, a mulher passou a ficar mais tempo em casa a tratar da canalha e consequentemente a ficar mais gorda.

O auge da evoluçao e da masculinidade do transporte de cargas e pessoas é, claramente, o carro de bois.





O carro de bois é formado por uma serie de peças, com nomes que lembram o campo e remetem para o povo rude que os inventou.

É formado por um tabuleiro horizontal que se chama "chedeiro", que termina onde começa a "cabeçalha", onde sao atrelados os bois. As rodas do carro são compostas por um "meão" (que, adivinhou, fica no meio) que entra em contacto com o eixo do carro, um eixo e duas "cambas".Os eixos das rodas seguram o tabuleiro tendo como ponto de contacto uma parte do eixo chamada cantadeira que encaixa no chumaço do tabuleiro.

Há mais uma data de peças de importância menor mas com nomes como "óculos das rodas", "chaveia", "romãs", "gatos", "reias", etc.



A principal característica do carro de bois, a seguir aos bois, é o som característico que emite quando se desloca.

Dir-se-há que o carro de bois é um prelúdio do tuning, os carros eram feitos para chiar o mais alto possivel, mas em alternativa a velocidade era quase nula.

Claramente que o carro de bois é d'homem e tuning não devido ao contexto em que se aplica, à antiguidade, ao facto de ser feito de madeira e nao ter cores feias nem desenhos manhosos, à musica que dele provém (num carro de bois cantam-se belas melodias sobre amor, trabalho e outros factos importantes da vida dum homem rijo), e até da própria indumentária trasportada pelo condutor e passageiros.

A própria maneira como se conduz exige um saco bem recheado. Todas as chibatadas, "hou"s, insultos e elogios aos animais exigem uma técnica específica que não se ganha em 30 aulas monitorizadas.

De notar também que os resíduos libertados pelos carros de bois podem ser reaproveitados, enquanto que monoxido de carbono só serve para morrer. A bosta libertada pelos bichos serve para tapar o forno do pão, a urina serve para ... pronto essa não serve para nada... e os próprios bois servem de alimento em alturas mais difíceis.

Aproveito para ter um momento de saudade e lembrar-me de quando ainda se ouvia o coro de carros de bois, cada um no seu caminho, espalhados pelos montes em redor de Aboím das Choças, aquelas alturas em que já sabiamos que tinhamos de parar de jogar à bola na estrada com meia hora de antecedência.

Agora, quanto muito ouço o zumbir das Famel (o que não deixa de ser d'homem, mas nao se compara).

Vós,jovens citadinos, que nunca sentireis o vosso volume testicular aumentar como nas alturas em que o carro fica atolado na lama e todos têm que sair e ajudar os bichos a tirá-lo do sitio, que nunca sentirão os ouvidos ressoar da chiadeira, que nunca sentirão o conforto proveniente das ordens do Zé da Eira aos bois, tremei na vossa ignorância e aprendei.

Ressabianços: 10

Anonymous Anónimo
(28 outubro, 2006 23:21)

Adendo ainda que o arado dos bois, depois de quente do trabalho nos campos, é de grande utilidade para curar a papeira do mai'nobo.

 
Blogger maria cachucha
(29 outubro, 2006 11:45)

por deus. diz-me que foste à wikipedia buscar a informação sobre os carros de bois e que tal sabença não se deve efectivamente a uma herança rural transmitida na tua região dialectal.
é que, quer dizer, 'tá bem que é de homem, mas, caramba, se assim não for, tu és praticamente mecânico de carros de bois.

 
Anonymous Anónimo
(29 outubro, 2006 23:03)

cachucha, o compi é informático, achas q estes sistemas dos carros d bois são mecânicos?
claro q n, são sistemas informáticos!

 
Blogger Johnny Boy
(30 outubro, 2006 03:00)

Ber

Eu venho do monte, e isso não é novidade.

Parte do conhecimento sobre carro de bois foi adquirido com muitos anos de convivência, certos pormenores tiveram, apesar de tudo, de ser relembrados.

Mas a parte de Aboím das Choças é verdade...

 
Anonymous Anónimo
(30 outubro, 2006 13:53)

se nao fosses tao pucanino eu ainda acreditava nestas sabias palavras... assim... parece-me que sempre ficastes ó pra la assentadito na carroça enquanto os demaizes arrancavam os bois da lama...

 
Blogger Johnny Boy
(31 outubro, 2006 01:45)

obviamente que a maior parte das vezes, sim... especialmente qdo a lama era muito funda q m dava pla cintura. mas qdo eram buracos no macadame, ai já ajudava a velharia toda...

 
Anonymous Anónimo
(31 outubro, 2006 14:39)

De referir na minha terra, alguns caminhos onde não passam veículos que não carros de bois, chamam-se estradões, e não ruas ou estradas.

Isso sim!!

 
Anonymous Anónimo
(31 outubro, 2006 15:06)

Fiães, não fui eu quem escreveu o artigo. Se reparares, por baixo do texto vem escrito "escrito num guardanapo pelo" seguido do nome do autor.

É fácil de concluir que o comentário da Cachucha visava o Johnny e não a minha pessoa.

 
Anonymous Anónimo
(03 novembro, 2006 18:52)

o q dizer dos autocarros do "FEUP ON TOUR"?

 
Anonymous Anónimo
(03 dezembro, 2006 21:42)

Acabo de ler o Correio da Manhã, experiência que, como habitualmente, me marcou profundamente.

"Miúdo de seis anos guia escavadora", era o título da notícia. Começa bem.

Uma retroescavadora de oito toneladas é o ‘brinquedo’ preferido de Gil Miguel, um miúdo de seis anos que sonha ser operador de máquinas, a mesma profissão do pai. Por enquanto, contenta-se em abrir e fechar valas no quintal da residência, em Meirinhas, Pombal, e em acompanhar o pai nos trabalhos que faz na zona.

Encantador, de facto.
Mas há mais.

"Isto para ele é tudo, quem lhe dá a máquina dá-lhe tudo”, conta o pai, Virgílio Gonçalves, enquanto observa o empenho do filho a abrir uma vala com a pá de trás, a mais leve, que trabalha com a retroescavadora assente em duas sapatas.

Enternecedor, este comentário do papá.

Gil Miguel é o filho mais velho de Susana e Virgílio Gonçalves e tem uma paixão tão grande pela retroescavadora que não deixa o pai trocá-la por outra, de um modelo mais recente. A máquina, uma Fermec 860, custou 64 500 euros (13 mil contos) há quatro anos e já cumpriu oito mil horas de trabalho.

Realmente, as crianças de hoje fazem tudo. Então no que toca aos brinquedos, as birras de que elas são capazes!!!

Aluno do 1.º ano da Escola Primária das Meirinhas, Gil Miguel é mesmo craque ao volante da retroescavadora, revelando uma “sensibilidade” só habitual nos operadores muito experientes, diz João Henriques, vendedor da Fermec, que acompanhou a exibição do miúdo.“Ele nasceu com o dom para operar estas máquinas pesadas”, garante João Henriques, adiantando que conhece profissionais que não são tão cuidadosos como o pequeno Gil Miguel.

Sim, de facto. Isto deve-se ao facto de o pequeno Gil Miguel, ao contrário dos "profissionais" do ofício, só beber quatro minis por dia, e nenhuma antes do almoço.

Susana Gonçalves não gosta de ver o filho a manobrar a máquina: “Não acho normal, com a idade dele, fico um bocadinho assustada, mas como o pai está por perto, não digo nada.” Virgílio Gonçalves garante que só deixa o filho manobrar a máquina no quintal, não o deixando fazer qualquer trabalho a sério nem conduzir na estrada.

 

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