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22 outubro 2006

Transportes Públicos - Autocarro



Para o traunseunte comum, a simples palavra "autocarro" traz à lembrança situações de desconforto, desde a espera até ao final da viagem. Para a comunidade colhão, no entanto, este transporte colectivo é todo um mundo de idiossincrasias extremamente bem delineadas.

A espera
Principalmente para as Micas/Tinas/Ginas, a espera é das etapas da viagem com mais relevo. É aqui que, por observação e escuta, se faz a colecta de informação que vai servir de tema de conversa com a companheira de viagem, tema esse que pode ir desde o comprimento rés-vés campo de ourique da saia que a filha da Humberta Redonda usa hoje, até ao herégico aspecto jovem de calças pretas e Doc Martens encostado no canto da paragem. Não esquecer que o tempo de espera pelo autocarro é sempre motivo de discussão, mesmo que se tenha vindo a correr e ele espere (porque nesse caso chegou cedo demais). Tradições não se quebram.

O cheiro
O cheiro a sovaco, sexo e patchouli, tão repudiado pelo comum mortal, é para o Homem como que um verdadeiro roteiro gastronómico, uma tábua de queijos (note-se o fantástico trocadilho com o cheiro a queijo) a ser degustada e, obviamente, comentada. Comentada, claro está, de preferência a todo o autocarro. O cheiro de um homem revela a outro tudo aquilo que fez desde a última vez que tomou banho, o que em média dá um relato de duas ou três semanas. Na realidade, aquilo que a corja pseudo-intelectual de classe média e alta chama falta de higiene, é na realidade material sujeito constantemente a um estudo sociológico intenso por parte dos machos dominantes.

De notar que a apreciação do fedor pode perfeitamente ser usada pela Gina do Boeiro para sacar a receita de Sarapatel à Gena Pantalona, discernindo, na rica palete de odores que exala desta última, não só os ingredientes, como as quantidades dos mesmos, o calor de cozedura e o material dos tachos. Em alguns casos, pode mesmo aventar se o gás usado era butano, ou propano.

As brigas
O ponto alto das viagens acontece quando há briga. Note-se que briga em autocarro não conduz a molho, é apenas mais uma convenção. A prioridade da briga reserva-se aos passageiros mais idosos, devendo estes dar sinal de passividade aos restantes caso permitam que o teatro seja realizado por gerações mais jovens. É também tradição os dois principais activos no "duelo" se encontrarem a mais de 6 lugares de distância.

Um tema recorrente é o clássico Heupleuritschiano de amigo/inimigo (ao qual recorrem mais frequentemente as mulheres). Este argumento inicia-se geralmente com um partido que ataca o motorista, acusando-o de conduzir mal, ter chegado atradaso, não ter aberto a porta, ou mesmo da subida do preço do ouro. O assunto não interessa, pois logo surge o partido oposto, pró-motorista, que alega a coitadidade e inocência deste. O papel do motorista passa na maior parte das vezes por ignorar tudo o que se passa, se bem que, quando a audiência abunda, é de bom tom este levantar-se, sem ter ainda parado o autocarro, e vir espingardar para a retaguarda.

Outro assunto de grande interesse, devido a que é uma tradição recentemente instalada, é a de mandar vir com o palhaço de madeixas descoloradas, brincos e boné que se senta a viagem toda a experimentar todos os toques do telemóvel novo, com o volume no máximo.

Para os curiosos, note-se que é possível saber quando terminaram as hostilidades assim que mais de metade da população do autocarro tiver expresso a sua opinião, que não deve divergir muito do "é a vida", ou até algo mais loquás como "pois é, e é assim".


Mais, talvez, noutro artigo. Até lá, aprendei, pétalas de rosa.

Ressabianços: 14

Anonymous Anónimo
(22 outubro, 2006 05:21)

Lendária cena de discussão se passou numa carreira que me levava para os lados do Bolhão: rapariga grávida, nascida e criada em vizinhança bairria, discutia com um grupo de velhas por se terem sentado nos lugares reservados a grávidas.

Se havia necessidade? Pergunta despropositada. Apesar de o autocarro ir praticamente vazio, a discussão em torno do direito de propriedade de certo e determinado palanque enche os livros de história.

E talvêz a criança por nascer tenha dado duas ou três cambalhotas e um dia possa dar continuidade a esta bela tradição.

 
Anonymous Anónimo
(22 outubro, 2006 17:39)

"Em alguns casos, pode mesmo aventar se o gás usado era butano, ou propano."

cá na terra ninguém sabe o q é isso do butano e do propano.. enfim, modernices!
Aqui usa-se fogao a lenha e ponto final.

 
Anonymous Anónimo
(22 outubro, 2006 23:44)

fiães, sem gás não há roulotes de fanas e essas merdas. E ficamos sem aquela fantástica graçola de festas populares: "Cheira a gás! Fecha os bicos!" seguida, claro, do torcer nos mamilos da Micas.

 
Blogger Ginjas
(23 outubro, 2006 04:58)

rijo

 
Anonymous Anónimo
(23 outubro, 2006 21:47)

isso das fanas é outra mariquice, home rijo tem sempre o presunto ao dependuro na fogueira a lenha da cozinha.
Rijo é chegar a casa depois de uma farta tainada "até ás tantas" e, se estiver com um ratinho no estômago, ir á capoeira buscar uma galinha e acordar a MAria para me fazer um arrozinho de cabidela com a borralheira q ficou do lume. E ela q não comece a relinchar "tenho sono", caso contrário terá a marca do cinto como recordaçao. Porque "só se perdem as q caem no chão".
Quereis aprender mais? Vinde a Fiães.

 
Anonymous Anónimo
(24 outubro, 2006 01:40)

"isso das fanas é outra mariquice"
"se estiver com um ratinho"
"um arrozinho de cabidela"

fiães... Vou deixar que sejam as suas próprias frases a responder...

 
Anonymous Anónimo
(24 outubro, 2006 01:42)

Foda-se, enganei-me na assinatura do último ressabianço e escrevi o meu nome dos tempos de recruta no ultra-mar.

Só para que saibam que fui eu.

 
Anonymous Anónimo
(25 outubro, 2006 14:49)

Decido, graças a tao nobre assunto e ao qual estou parcialmente atento, pois apesar de ser de homem andar a pé ou carro de bois, o mais próximo disto na era moderna é mesmo o autocarro, finalmente dar um ar da minha graça, apesar de ter tado perto de outras ocasiões propricias.

Tenho inúmeras estórias para transmitir o qual demonstra a d'homanização deste império, vulgo autocarros, mas para tal não tinha tempos, por isso a partir daqui é curto e grosso:


Certo domingo de manhã com o autocarro completamente vazio, estando apenas o lugar mais próximo da porta ocupado, entra um velho e exige que saiam do lugar para ele pois é velho e merece respeito, de reparar que o lugar era ocupado por um pai com o seu chavalo com 1 ano e cria-se a habitual discussão, ao qual o velho com a sua sapiência obviamente ganhou...


Sendo eu ultrapassado na bicha pro autocarro, mando o puto do ressabianço à mulher que o faz, tendo esta ripostado com a ajuda do motorista, ao qual mandando "prejudicar", já que não se pode escrever a palavra "foder", a mulher e começando a discutir com o gajo que no final com igual modo de acabar a discussão, tando o autocarro cheio surgem-se mais gajos contra a minha pessoa, especialmente ficou na retina um que já ia com uns copinhos mas que só mandava vir a uma boa distância de cerca de 20pessoas, de referir que eram cerca de 30cm, ao qual cala-se pois não ficando satisfeito com a puta das respostas que tava a receber isto durante 45min ao qual se andou 100m, outra coisa essencialmente d'homem.

Só foi pena não ter acintalhado a gaja, nem os restantes, que inicialmente mandou vir pois nem lhe vi a fronha...

um dia destes talvezvoltem a merecer história de sapiência de mais velhos...

 
Anonymous Anónimo
(25 outubro, 2006 23:42)

fodaç gustus, aprende a escrever crl..

 
Anonymous Anónimo
(28 outubro, 2006 22:58)

AHahaHAH, fiães tu não dissest isso, pois não?

 
Anonymous Anónimo
(25 novembro, 2006 18:10)

O autocarro é, sem dúvida, um transporte d'homem, mas o real transporte d'homem está aqui a ser ignorado. É então o tão famoso táxi, em que o homem actua na 1ª pessoa, como real taxista.
Tenho de vos ensinar tudo...

 
Blogger menina-m
(25 novembro, 2006 22:49)

Na realidade, aquilo que a corja pseudo-intelectual de classe média e alta chama falta de higiene, é na realidade material sujeito constantemente a um estudo sociológico intenso por parte dos machos dominantes.


de repente, percebi a polémica em torno do serge abramovich.

 
Anonymous Anónimo
(26 novembro, 2006 00:31)

O autocarro é, sem dúvida, um transporte d'homem, mas o real transporte d'homem está aqui a ser ignorado. É então o tão famoso táxi, em que o homem actua na 1ª pessoa, como real taxista.
Tenho de vos ensinar tudo...

 
Anonymous Anónimo
(29 julho, 2008 18:49)

favor entrar em contato, sobre blog de perfil semelhante para permissão de postar um texto do seu blog, com a devida citação do seu nome.
enviei um email, mas retornou...

eleuteriogg@yahoo.com.br

 

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