Telemóveis

Homem que é homem tem telemóvel.
Mas, muita atenção. É totalmente anti-macho ter um telemóvel pequeno, bonito - rabeta. Homem que é homem tem uma inconfundível saboneteira. Deuses da tesosterona, rejubilem. Um modelo como este serve perfeitamente:


Minha gente, certas recomendações são fundamentais:

• Toque:
  1. Toque da Nokia
     
  2. Hino Nacional
     
  3. Hino do Clube
     
  4. Música da Superbock
• O toque fará sempre o maior cagaçal possível.
  
• Se cairmos na cena cor-de-rosa de ter um telemóvel moderno:
  • Toque: Segue as recomendações, mas polifónico.
    
  • Fundo do ecrã: Bandeira Nacional / Símbolo do Clube
    
  • Fotografias: Dos curvilíneos bujões deambulantes pelas ruas.
• Independentemente de que telemóvel é, terá sempre a música paneleira ao ligá-lo, e som nas teclas. Isto está de acordo com o dogma «Mais barulho, mais d'homem».

Tudo isto é muito macho de facto. Mas um telemóvel sem bolsa é uma francesinha sem molho. Prefiro ser parco em palavras e mostrar logo o idílico cenário:


Ver-vos-ia eu envergando o vosso colosso deste modo, e ficaria de tal modo orgulhoso que vos pagaria uma cerveja de imediato.

Os machos têm uma intrigante e misteriosa competição: quem é o primeiro a ter um telemóvel a cores e que tire fotos. Quem é o primeiro a conseguir quebrar essa regra da masculinidade, essa incapacidade intrínseca à colhoada que não permite usar esses aparelhos pequenos e com mais que duas cores. Quando assim é, está aberta a porta para ser prática local ter um telemóvel moderno.

Vejamos que quando aparece o primeiro telemóvel desse género, é tema de conversa por umas boas horas. No dia seguinte poderá mesmo ouvir-se «Epá, havias de ter cá tado ontem pá, o Xico tem um telefone que tira fotos e mais um colhão de merdas. Aposto que aquilo é capaz de vir aqui servir uns cafés, foda-se!». Possuir um coiso desses instaura logo um outro hábito másculo: comentar as fotos que os machos tiram, como por exemplo «Ei! Que grande nalguedo! Ca boa! Onde é que caçaste esta ó Xico?»

Certo teórico do D'Homem adiantou-me ainda que «Os telemóveis são como os colhões, cada caralho tem dois». Palmas, murros na mesa e vivas a isto. Muito, mas mesmo muito, colhão.

Aprendam, vós que tendes toques polifónicos das músicas da tabela das compilações do Top+.