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09 novembro 2005

A casa do homem - 2


Voltando ao tema do meu último post, A casa do homem - 1, aqui vão mais umas postas de pescada (ou bitaites, expressão mais de homem).

Sala
Na sala verdadeiramente d'homem apenas existe uma pequena mesa, em cima da qual se coloca um vaso chinês com flores de plástico. A mesa, que apenas se usa aos domingos, quando a sogra vem talhar o ar, tem de ser suficientemente pequena para não caberem todos, e ser preciso juntar a mesa da cozinha, dando um aspecto parolo, portandos d'homem, à coisa. Nesta divisão apenas se colocam uns sofás (com mantas às cores por cima), uma estante, e o móvel da televisão. Em cima da TV, nada melhor que uns cãezinhos de porcelana (novamente em cima de um pano de renda) e umas fotos do mai'novo, ou do cão propriamente dito. Na estante (superpovoada de bibelots pindéricos, úteis para formar o carácter - e formar bossas na cabeça - aos putos que acabam sempre por partir qualquer coisa) o homem coloca as taças dos torneios de bilhar e malha. No chão existe um tapete (para debaixo do qual se varre o lixo, tornando-se assim uma divertida "armadilha" para os filhos asmáticos dos vizinhos quando vão para lá brincar).
Troféus de caça, nomeadamente carcaças e peles, deverão povoar as paredes nuas de forma caótica. A contribuir para a entropia recomenda-se acrescer à decoração armas, pás, pedaços de arado e um quadro do menino da lágrima.

Garagem
É de homem ter garagem, e caso esta não exista (ou não acomode todos as viaturas da casa), é macho usar-se daquelas protecções de plástico para envolver o chiante - de preferência com remendos e óleo.
A garagem deve estar toda em cimento e nunca ter sido pintada. O chão da garagem deve ter mais rachas que a falha de Sto. André, e devem estar todas cheias de óleo e massa consistente. Por todo o lado devem estar dispersos montinhos de desperdício (daquelas amálgamas de fios para limpar os motores dos bólides). Algures num canto estará amontoada lenha rachada, habitat natural de inteiros ecossistemas de vida artrópode e roedora.
Na garagem do homem existem obrigatoriamente os seguintes items: latas de tinta (metade das quais seca e fora de prazo), uma caixa de ferramentas herdadas do bisavô, fios descarnados pendurados por todo o lado (aumentando substancialmente o risco de morte, o que é D'Homem), peças de motor enferrujadas espalhadas pelo chão. Não se torna pior a existência de um frigorífico enferrujado e sem luz, relíquia da 1ª guerra mundial, onde se guardam umas jolas. No entanto, a sua inexistência é igualmente D'Homem pois possibilita o ululante "Ó Maria, olhaí uma cerbeija!", ode e cântico (de voz rouca e bagaceira) ao Olimpo dos Deuses do Macho, que é o Monte de Sta. Justa onde se fazem piqueniques ao Domingo.
Não existe: diluente (homem que é homem nunca tira a tinta das mãos a não ser com palha de aço, luz (que deve ser em quantidades ínfimas, realçando o caracter gótico e dantesco da divisão), e candeeiros (todas as lâmpadas - que devem ser de filamento incandescente - são para estar penduradas do tecto sem apoio).
De notar que a garagem traspirará colhão se for subterrânea e, dado o caso, ostentar junto ao chão (de quem vê de fora) daquelas pequenas janelas, que terão pedaços de pano mais velhos que o santo sudário a fazer de cortinas.

Continua na próxima edição. Ate lá, boas mudanças.

Ressabianços: 2

Anonymous Anónimo
(09 novembro, 2005 11:03)

eh pah ja entrei em muitas casas assim! sao autenticos santuários. mas deixa-me apontar o facto de te teres esquecido dos candeeiros parolos no tecto da sala, cheios de tubinhos de vidro pirosos, os quais estamos sempre a mandar cabeçadas, visto que o pé direito da casa não é muito alto.
Abraços com palmadas nas costas.

 
Blogger Ginjas
(09 novembro, 2005 17:48)

o "pé direito"... vê-se mm que és de civil:P
Apertos de mão vigorosos.

 

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