Engenharia D'Homem

Abre tinhoso, que vou botar aqui uma cópia da crónica D'Homem publicada no último Jornal de Engenharia.



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Depois da alarilada medida da FEUP Sem Fumo, a direcção dever-se-ia preocupar era em equilibrar a balança de testosterona, em vez de andar a gastar patuá com o coiso do processo do país da bota. Seguem uma catrefada de ideias para tornar a faculdade um local mais camionista.


Biblioteca

O próprio conceito de biblioteca é das coisas menos d’homem do mundo. Não obstante, a ser mantida, esta deveria orgulhosamente disponibilizar jornais rijos como o Diabo e o Crime, e possuír colunas rotativas de cassetes de verdadeira música (por exemplo, Duo Ele&Ela e Agrupamento Musical Calypso) em vez de filmes europeus bicha.

Um toque de classe seria o atendimento ser prestado por bibliotecárias cinquentonas obesas e com bigode, que levantassem os olhos da Maria, puxassem os óculos para a ponta do nariz, e dissessem “Ora diga o que bai ser!”.


Bar dos alunos

Entrando no bar do meio (que dever-se-ia chamar Café Central), nota-se a falta de matraquilhos. É muito saia não se fumar, por isso ó menos que se masque tabaco e se escarre o respectivo ruidosamente para o chão. E ele é Panikes, ele é queques, é natas, é meias de leite... Quéssa merda? Era logo botar chouriços no forno, iscas, tremoços, caracóis, punheta de bacalhau e vinho de garrafão, tudo servido em mesas de madeira podre e bancos corridos.

Por último, não pode faltar o busto do Zé Povinho, e o popular azulezo do “Só se fia a maiores de 90 anos quando acompanhados pelos pais.”.


Aspectos gerais

Núcleo de informática? O caralho! Já que faz falta uma adega, juntava-se o útil ao agradável. Pá fogueira com o xadrez e as cartas de bonecada e venham as pipas de carrascão.

E a associação de estudantes bem que já se punha a mexer e organizava torneios de malha e sueca, e muito menos snow trips e paneleirices ademais. E já agora, ia o FEUPCaffé pás couves e era já matinés dançantes com música ao vivo e bagaço a 50 cêntimos.

No relvado faltam montes, para se poder ir cagar para o monte. E milheirais. Queima das Fitas? Faça-se é a desfolha do milho, recheada de folclore, sem esquecer o mito do milho-rei (a ser praticado 100 metros ao lado, onde há mais cachopas).

Por último, porque não é nada d’homem escrever demais, como é que em 200 quintais de terra não existe uma capela? Antes das aulas, missa das 7.


Aprendei, engenheiros d’obras feitas.

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Aprendei.