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11 março 2006

Emprego D'Homem: Operário da Construção Civil

Operários da Construção Civil. Também conhecidos por Trolhas, são os funcionários d'homem por excelência, especialmente porque há de ser dos poucos empregos onde só se vêm homens a trabalhar.
Apesar de esta espécie e as suas características serem do conhecimento geral, fica aqui a homenagem e descrição pormenorizada das suas características e funções.

O Trolha é um ser geralmente corpulento e rude, avista-se em todo o lado onde haja prédios, buracos na estrada, muros em construção, enfim, em toda a obra ou sitio onde seja necessário transportar fardos pesados e coisas do género. Apesar de ser associado a obras, não significa que passe muito tempo a trabalhar, aliás grande parte dos trolhas portugueses, entram ao meio dia e não trabalham de tarde. Fisionomicamente, o Trolha pode ser reconhecido por: calças largas com tinta e estuque, tronco nu ou camisola igualmente suja, capacete de trolha (que pode estar ausente) e bigode (não é essencial mas é d'homem).
O Trolha faz por todos os homens aquilo que dantes cada um fazia por si. Veja se na imagem, o senhor construiu a sua própria casa.


Apesar de geralmente associados à construção de casas e prédios, há vários tipos de trolha, ou antes, há vários tipos de trabalhos diferentes que o trolha pode fazer porque é mais rijo um homem fazer de tudo um pouco. Sendo assim temos o trolha normal, o calceteiro, o pintor, entre outras espécies menores.

O Construtor

Esta é a espécie mais comum de trolha. Habitantes dos andaimes, ignoram, como qualquer outro trabalhador que se prese, as regras de segurança e portanto não usam capacete. Alegadamente a trabalhar, o construtor está no andaime a esfregar estuque na parede mas não pode deixar de se virar cá para baixo para gritar "Oh fresca!" quando uma senhora passa (também podendo utilizar as versões "Oh boa!", "Oh flor, dá pra por?", "Ai que cuzinho!" ou um simples assobio).
Se não está no andaime, o construtor está a transportar carrinhos de mão, a conduzir máquinas ou a assentar tijolos.
No entanto essas coisas acabam por cansar, e por isso o Trolha rijo gosta de mostrar que sabe coisas e portanto é comum encontrarem-se trolhas de volta de gruas a orientar, porque se há coisa que um homem macho gosta de fazer é dar ordens, ao mesmo tempo que não faz nenhum trabalho útil. Repare-se na imagem a macheza dos protagonistas. Nenhum usa capacete e só um tem roupa no tronco.


Rijo.

O Pintor

O Pintor é bastante semelhante ao constructor em termos de fisionomia, mas costuma ter um pouco mais de tinta no corpo. O pintor trasnporta os baldes de tinta, mistura a tinta num alguidar e vai de rolo pela parede. Este espécimen geralmente acha-se mais artista e por isso é normal distinguir os pintores por terem o cabelo lambido ó pra tráz. O facto de muitas tintas terem diluentes provocadores de alucinações não preocupa estes senhores e por isso não há máscaras para ninguém. Como são artistas, uma alucinação ou uma tripezinha, até vao ajudando ao trabalho.

O Calceteiro


O Calceteiro é uma espécie de trolha que faz o trabalho mais ridiculo de todos. Está sempre sentado, ou aninhado no chão a bater pedrinhas. Também se acha artista só porque põe as pedrinhas azuis e brancas de maneira a ter formas todas engraçadas, só para depois o pessoal olhar para o chão e ver estrelinhas e coisas dessas. Este indivíduo não costuma ter estuque nem tinta na roupa, mas poeira e lama tem de certeza. Uma constante no calceteiro é o boné ou chapéu, certamente para proteger do reflexo do sol no chão, ou de outra coisa qualquer. A vantagem do trabalho do Calceteiro é poder parar durante umas horas e ficar sentado no chão e ninguém dar por ela que não está a fazer nada.

Para além de espécies menores de trolhas ou funcionários associados à obra como o carpinteiro, falta referir o Encarregado. O Encarregado (conhecido na obra por "engenheiro" mas que na verdade não fez mais que a quarta classe) é aquele tipo que se passeia pela obra a dar palpites, conversa com os futuros donos da casa a dizer que está tudo pronto para a semana (e na semana seguinte diz a mesma coisa), chama os carpinteiros e electricistas, e coisas dessas. Veste-se tão bem como o resto dos trabalhadores mas apenas as suas botas estão sujas. Geralmente usa óculos de sol, porque dar ordens cansa os olhos.

Aprendei.

Ressabianços: 18

Anonymous Anónimo
(11 março, 2006 19:57)

Cachucha, ó flor, dá pra por?

 
Blogger Ginjas
(11 março, 2006 20:19)

Caro Fiães,

o facto de ter sido vilipendiante e vexantemente humilhado nos comentários do outro post, não signifique que chegue a um post novo com toda a moral, como se tivesse ganho uma medal of honor. Muito mais feliz ficaria eu se você ganhasse um purple heart.

Atenciosamente,

Ginjas

 
Anonymous Anónimo
(12 março, 2006 18:36)

Caro Ginjas,

depreendo que tenha tentado humilhar a minha pessoa com determinado post anterior no qual escreve:

"resta-me explicar que o facto de existirem vários comentários com a mesma assinatura não significa necessariamente que existam várias pessoas com esse nome"

Não me parece q esta sua constatação possa humilhar alguem.. a este supostamente vexante comentário em cima citado chamam-lhe "A lógica da batata"..

Aprendei,

Fiães

 
Blogger maria cachucha
(12 março, 2006 21:26)

Caro Fiães:

Urge discorrer acerca do assoberbante facto que se prende com a simples constatação de que a simpatia quase fraterna com que o ínclito Ginjas tentou expor a V. Exa. a por demais assustadora verdade (que exporei em dois pontos, a saber: 1. exactamente aquilo que Ginjas quis dizer; e 2. V. Exa. partilha com nabos, ervilhas e agriões, o QI) foi tida de forma vã por V. Exa. O seu comment é quase vergonhoso e seria vilipendiante se fosse proferido por mente mais capaz.

Creia-me que o supunha mais agradecido, posto que a sapiência que se partilha neste abençoado blog era bem merecedora desse reconhecimento.

Sem mais,

Maria Cachucha

 
Blogger Ginjas
(12 março, 2006 21:27)

Caro fiães,

sou um homem de deus e não tenciono humilhar ninguém, apenas educar. Quando refiro, no segundo comentário a este post, «vilipendiante e vexantemente humilhado nos comentários do outro post», não me refiro aos meus comentários, mas aos seus, que o diminuem na estatura de homo sapiens e o aproximam mais do neandertalensis.

Espero ter sido útil,

Ginjas

 
Anonymous Anónimo
(13 março, 2006 00:02)

"Aprendei, Fiães"... UIUI, olha que ele anda espigadote!!!


Fiães, se aqui alguém tem aprendido alguma coisa desde que frequenta o blog eh você, caro amigo... Pelo menos espero que tenha vindo a aprender, de outro modo tamanhos correctivos que lhe foram aplicados nos posts passados, terão sido atribuidos em vão...

 
Blogger Ginjas
(13 março, 2006 11:25)

rijo

 
Anonymous Anónimo
(13 março, 2006 18:25)

Vós precisaindes é dumas bouas sintalhadas..

 
Blogger maria cachucha
(13 março, 2006 19:17)

cintalhadas é com "c". porque vem de cinto.

 
Anonymous Anónimo
(13 março, 2006 19:32)

Sim, tal como:

.precisaindes » precisais
.dumas » de umas (visto q a contracção destas duas preposições não existe)
.bouas » boas

Aprendei

 
Blogger maria cachucha
(13 março, 2006 20:34)

o facto de estar a tentar precisar foneticamente a representação gráfica daquilo que pretende transmitir não acarta a necessidade de mudar esta última em casos como "cinto".

sendo que, popularizando, "precisaindes" é "precisais" ou "bouas" é "boas" (nem sequer comento a suposta não-contracção do "de umas", mas creia-me que vou consultar o Cintra e o Cunha), a vitória é justificada: são tranformações úteis à popularização da terminologia. já com "cinto" tal não se dá, visto o "c" seguido de "i" ou "e" ser universalmente lido como "s".

a diferença fonética entre "sinto" e "cinto" não é absolutamente nenhuma e, assim, se justifica o que acabei de expor.


para mais informação, a boa gramática da Caminho, no capítulo da Fonologia, há-de esclarecê-lo. eventualmente.

Aprenda.

 
Blogger Ginjas
(13 março, 2006 21:17)

Caro Fiães,

cuido não estar em manhas de petear aventando que acabei de assistir a um momento que, apesar de me inspirar um sentimento interior de revolta (pois consistir numa mulher a diminuir o estatuto de um homem abaixo do vírus do ébola), foi das melhores elocubrações humilhadoras que já vi na vida.

Sem mais,
Ginjas

 
Anonymous Anónimo
(14 março, 2006 12:38)

Caro fiães...

Tal como apontou o Ginjas, um homem a ser humilhado de tal maneira por uma mulher também me revolta... Revolta, mas depois deixa-me feliz porque, pensando bem, o caro amigo merecia, e quando alguém merece um correctivo então é bom que não lhe falte... Faz parte da boa e velha natureza paternal de homem... O filho faz merda -> leva um correctivo -> filho não faz merda...


Ora, o seu caso deve ser estudado mais aprofundadamente, pois apesar d lhe serem aplicados correctivos atras de correctivos você continua a tropeçar, qual desenho animado em cima de uma casca de banana...

Assim, o facto de ter sido subjugado por uma mulher no campo intelectual nem devia ser o mais importante, pois mais revolta me causa o facto de um homem (termo usado no mais lato sentido da palavra) continuar a humilhar os outros homens ao não aprender...


Ah, e lave bem a boquinha andes de dizer "aprendei"...

 
Blogger maria cachucha
(14 março, 2006 14:59)

há que ter em conta que estamos a falar de La Chuche e não dum (?) qualquer reles espécimen do género feminino.

 
Blogger Ginjas
(14 março, 2006 23:12)

"O filho faz merda -> leva um correctivo -> filho não faz merda..."

Pavlov a ounar Fiães.

 
Anonymous Anónimo
(20 março, 2006 01:53)

uma sra boca para um trolha é:

"Oh boa a tua mãe faz anos?"
(Silêncio/resposta)
"É que está de parabéns"

Aprendei rabos,

 
Anonymous Anónimo
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